Quando se pensa em UTI ou sala cirúrgica vem a imagem do paciente sendo atendido pela equipe médica e ligado àquele monte de aparelhos. Na verdade, o paciente se encontra ligado, diretamente, à corrente elétrica através de uma tomada e, se um desses equipamentos falhar ou se a corrente elétrica escapar e circular em seu corpo coloca em risco sua vida.
Vale lembrar que equipamentos eletromédicos são suscetíveis ao contato de líquidos como sangue, infusão, umidade e até de produtos químicos para a assepsia do ambiente, que podem comprometer o funcionamento dos mesmos, provocando acidentes como choques elétricos, queimaduras, fibrilamentos e até a interrupção do equipamento. Segundo estatísticas realizadas nos Estados Unidos, entre 1998 e 1999 ocorreram 2 mil óbitos decorrentes de falhas elétricas. Porém, pouco se fala desse tipo de acidentes quando o assunto é a segurança do paciente.
Como evitar problemas de descarga elétrica, se o equipamento de manutenção de vida, como o próprio nome já diz, não pode ser acoplado a um dispositivo de desligamento, como acontece em instalações usuais, pois também colocaria em risco o paciente? Para solucionar esse problema detectado há 30 anos na Alemanha, foi desenvolvido o sistema IT médico, que garante o bom funcionamento desses aparelhos e salva vidas. Além disso foram criadas normas que regulam as instalações elétricas dos ambientes hospitalares.
No Brasil, a norma ABNT 13534/1995 regula as instalações elétricas de todo o complexo hospitalar, desde a entrada da energia até a utilização final e obriga o uso do sistema IT. De acordo com Ricardo Bender, diretor do Bender Group que fabrica sistema IT RDI, muitos hospitais de primeira linha já adotavam o sistema antes da obrigatoriedade. "A rede privada e hospitais do governo estão cumprindo bem a normatização, mas, ainda há unidades menores, como pequenas clínicas, sem recursos ou sem disposição para realizar modificações no sistema elétrico", informa.
Esquema IT Médico
A primeira vez que a corrente elétrica passa no corpo paciente não é prejudicial, e sim quando ele recebe várias descargas. A segunda corrente é maior que a primeira e assim por diante, aumentando o risco de óbito ou acidentes graves. O sistema IT detecta a primeira falha, avisando a equipe de manutenção que elimina o problema sem interferir na cirurgia. Com o equipamento consertado, a próxima falha volta a ser a primeira, e a corrente vem mais fraca, não colocando em risco o paciente.
Transformador de separação Isola a sala cirúrgica e a UTI do resto do hospital. Deve ser instalado em sala ou piso técnico próximo ao ambiente a ser supervisionado
DSI (dispositivo supervisor de isolamento) Vê a corrente passar, indicando para o médico e equipe qualquer comportamento irregular nos equipamentos ou no leito da UTI
Transformador de separação Isola a sala cirúrgica e a UTI do resto do hospital. Deve ser instalado em sala ou piso técnico próximo ao ambiente a ser supervisionado
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